Paradies: a menina que sobreviveu à camara de gás

"Para além do amor também o ódio acontece. E, ao contrário do amor, que é de todos por direito, ninguém merece o ódio de ninguém, o que ele faz, o que ele provoca, a nós e aos outros. Assim, a vida deve ser celebrada e não quebrada. Fala-se para todos, pensando naqueles que deixaram de ser pessoas, por escolha ou imposição, origem ou alvo desse ódio, respectivamente. Cabe-nos a nós amar ou odiar. Nada é tão pessoal como isto. Nada mais faz-nos pessoas ou deixarmos de sê-lo." Em 1946, Ingrid chegou aos Estados Unidos em busca dos seus pais e de um novo começo. É aqui que conta a sua história pela primeira vez e passa a ser conhecida como a menina que sobreviveu à camara de gás. Ingrid dedicou a sua vida a honrar a memória de todos os que viveram o inferno da guerra. Décadas mais tarde, após a sua morte, um dos bisnetos escreveu uma peça de Teatro onde contava a sua história. Poucos anos depois foi adaptada e lançada em livro.