O mal-estar na cultura e as tentativas de sua dissolução

Desde o seu lançamento em 1930, O Mal-Estar na Civilização de Sigmund Freud tornou-se o texto básico para as pesquisas no campo social do ponto de vista da Psicanálise. Nele, Freud desenvolve a tese de que o viver em sociedade é, sempre, acompanhado de algum mal-estar. Já é tempo, diz ainda Freud, de voltarmos a nossa atenção para a natureza da nossa civilização cuja capacidade de ser veículo de felicidade foi posta em dúvida. E é exatamente isto que este livro nos proporciona: uma visão abrangente do mal-estar da nossa civilização, bem como os arranjos estratégicos que as organizações humanas instituíram para lidar com ele. Além dos ensinamentos de Freud, a autora também se debruça sobre as contribuições de psicanalistas contemporâneos, como Jacques Lacan, Jacques-Alain Miller e Éric Laurent. Para aqueles que querem conhecer ou se aprofundar nas discussões sobre o mal-estar contemporâneo e as maneiras atuais de se lidar com ele, entre as quais a questão do consumismo, a leitura deste livro será muito proveitosa, mesmo que queiram se limitar, apenas, ao estudo, desenvolvido pela autora de forma muito precisa, dos quatro (mais um) discursos de Lacan.(Prof.Dr.Luís Flávio Silva Couto)