Escolaridade como projeto

Numa altura em que se espera bastante que o estudante seja capaz de transferir conhecimentos e competências da escola para a realidade, o livro escolaridade como projeto muito bem responde à pergunta sobre como conquistar aprendizagens efetivas. Entre outros assuntos, a obra trata sobre o autoconhecimento, a natureza da aprendizagem, projeto de escolaridade, competências de que precisa, acionadores do sucesso e gestão de conflitos. Em outras palavras, o livro concentra-se na qualidade de estímulos intelectuais e emocionais, elementos essenciais para que o estudante descubra a melhor versão de si próprio, desmistifique o processo; e, por conseguinte, conquiste aprendizagens efetivas ao longo da escolaridade. Portanto, é um presente ideal de pais para filhos, e em todo tipo de relações. Como estudante, certamente reconhece que a leitura é uma das principais formas de ensino que os professores e a escola usam para construir e consolidar conhecimentos e experiências. Nesse caso, não se trata de mera leitura, no sentido de passar a vista sobre letras, reter o que der, e deixar o resto para lá. Sabe que na escolaridade a leitura não é facultativa, mas indispensável. E nesse processo obtêm mais benefícios aqueles que souberem ler eficazmente, regulando seu ritmo e garantindo a qualidade dos resultados dessa leitura. Sendo a leitura uma atividade suportada pela cognição, deve se lembrar que uma das funções do nosso cérebro é a análise. Ele trabalha com conexões. Por exemplo, faz conexões entre novas informações com conhecimentos prévios que o estudante tem, as motivações ou objetivos da atividade, as saídas em termos de relevância do conteúdo que está a ler, entre outras conexões. Isso quer dizer, que uma leitura efetiva jamais acontece no isolado. Ela precisa ser conectada com muitos outros elementos. Muito bem define Borba (2007), Para que a leitura seja efetiva, isto é, que leve o estudante ao aprendizado profundo, há acções a desenvolver antes, durante e após a leitura. São acções que estimulam a eficiência do cérebro; dão sentido, significado e asseguram a fixação do conteúdo lido. Percebe-se, portanto, que estratégias para ler eficazmente, são essencialmente metacognitivas, no sentido de que, é o próprio estudante que, de forma consciente, decide monitorar e regular o ritmo e a qualidade da leitura. O próprio estudante orienta as suas acções conforme o que pretende obter com a leitura. Antes de começar a ler, muito provavelmente terá à vista um texto, o título e a disciplina curricular a que o texto pertence. Talvez igualmente tenha a contextualização feita pelo professor na aula. Já dá para começar. Defina o que pretende obter dessa leitura. Será um conceito, uma definição; ou serão características, componentes, processos, etc. Você pode colocar isso em forma de perguntas - alguns autores sugerem isso. Por exemplo, . Faça como for funcional para si. Prepare um bloco de notas para registar aspetos essenciais. Também, é ideal que defina certo tempo para a leitura. (Quantos minutos precisa para ler um texto de cerca de 1000 palavras?) Como vê, leitura efetiva pressupõe um pequeno plano. Esse plano lhe ajudará a monitorar a atividade. Mas também servirá de referência para verificar se compreendeu o texto ou não, e se alcançou as metas.